Você já sentiu um desconforto intenso, enjoo, arrepio ou até coceira ao ver uma imagem com vários buraquinhos juntos? Como uma colmeia, uma esponja ou uma semente de lótus? Ou mesmo aquelas montagens que mostram buracos na pele?
Se essas imagens te causam repulsa, pode ser que você tenha tripofobia, uma condição ainda pouco falada, mas muito comum.
Este artigo vai te ajudar a entender de onde vem essa reação tão forte, por que ela acontece, quais são os sintomas do dia a dia e como é possível aliviar esse incômodo.
Muita gente sofre calada ou até duvida se isso “é normal”. Spoiler: você não está sozinho(a), e sim, tem solução!
O que é Tripofobia?

Tripofobia é a aversão ou repulsa a padrões visuais com pequenos buracos, fendas ou saliências agrupadas. Esses padrões podem estar presentes em elementos naturais, como:
- Colmeias de abelhas
- Cabeças de sementes de lótus
- Corais e fungos
- Esponjas marinhas
- Algumas frutas ou cascas
Ou em imagens editadas digitalmente, como aquelas que circulam nas redes sociais, muitas vezes exageradas ou perturbadoras.
Ao contrário do que o nome sugere, a tripofobia nem sempre está ligada ao medo, mas sim a sensações como nojo, desconforto, agonia, coceira ou ansiedade.
A resposta é intensa e automática, mesmo quando a pessoa sabe que não há nenhum perigo real envolvido.
Sintomas comuns no dia a dia
Arrepio e sensação de “pele se mexendo”
- Coceira ou formigamento no corpo
- Enjoo ou náusea
- Dificuldade de olhar a imagem (evitação automática)
- Angústia, pânico ou vontade de sair do ambiente
- Mal-estar duradouro após ver algo gatilho
Essas reações podem surgir até por imagens pequenas em redes sociais, e algumas pessoas desenvolvem ansiedade antecipatória – evitando navegar na internet com medo de esbarrar em conteúdo gatilho.
O que pode causar a tripofobia?
As causas exatas da tripofobia ainda estão sendo estudadas, mas algumas teorias apontam que ela pode estar relacionada a mecanismos instintivos do cérebro:
- Instinto de proteção contra doenças: padrões semelhantes aos de feridas, parasitas ou infecções podem acionar reações de alerta no nosso cérebro primitivo.
- Associação com perigo: buracos ou padrões repetitivos podem lembrar animais venenosos (como sapos ou cobras), ativando o medo mesmo sem perigo real.
- Condicionamento: quem teve experiências negativas com alguma imagem parecida pode associar aquilo a sensações ruins, gerando uma aversão automática.
Por que a tripofobia viralizou na internet?
A internet teve um papel importante na popularização do termo tripofobia. Imagens de sementes de lótus em montagens com pele humana, por exemplo, foram amplamente compartilhadas, gerando reações extremas nas pessoas e debates sobre o que seria essa sensação.
Hoje, existem até “testes de tripofobia” online, que mostram imagens para medir o nível de desconforto. Apesar da curiosidade, esse tipo de conteúdo pode piorar os sintomas, então é importante ter cuidado com a exposição.
Tripofobia tem cura? O que fazer para melhorar?

A boa notícia é que, sim, é possível amenizar os sintomas da tripofobia com acompanhamento psicológico, especialmente se isso estiver afetando sua rotina, seu humor ou sua qualidade de vida.
✅ Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC):
Ajuda a identificar os pensamentos e associações ligadas às imagens e trabalha a dessensibilização, reduzindo a resposta emocional com o tempo.
✅ Técnicas de relaxamento e regulação emocional:
Respiração, mindfulness e meditação podem ajudar a controlar a ansiedade gerada por estímulos visuais inesperados.
✅ Evitação consciente de gatilhos visuais:
No início do tratamento, evitar imagens muito intensas pode ajudar a não agravar o desconforto. Com o tempo, a exposição controlada pode ser usada em contextos terapêuticos.
✅ Psicoeducação:
Entender o que está acontecendo no seu cérebro pode te ajudar a lidar com mais tranquilidade. Não é frescura, nem exagero: é uma reação legítima do corpo.
Quando procurar ajuda profissional?
Se as reações de nojo, agonia ou ansiedade atrapalham seu bem-estar, afetam seu uso das redes sociais, seu sono ou até seu humor, vale a pena conversar com um psicólogo. Quanto antes você buscar apoio, mais fácil será retomar o equilíbrio.
Se a tripofobia tem causado incômodo em sua rotina, é hora de buscar apoio. Acesse a plataforma Cadê Meu Psi, encontre um psicólogo qualificado e inicie sua jornada para entender e superar seus medos com acolhimento e segurança.